Jensen é tri mundial de Long

O título foi decidido numa bateria extra depois do francês Edouard Delpero empatar com o americano com a vitória sobre Phil Rajzman na final do Taiwan World Longboard Championship.

Jensen é tri mundial de Long.
Colaboração de texto: João Carvalho/©WSL
Colaboração de foto: Hain/©WSL

Depois de dois dias de espera, as ondas voltaram a apresentar boas condições na praia Jinzun Harbour no domingo, para fechar o Taiwan World Longboard Championship na Ilha Taiwan. O brasileiro Phil Rajzman ganhou o primeiro duelo do dia, mas perdeu a grande final para Edouard Delpero. Com a vitória, o francês igualou os resultados de Taylor Jensen na liderança do ranking, então foi preciso realizar uma bateria extra para definir o título e o norte-americano confirmou o tricampeonato, repetindo as suas conquistas de 2011 e 2012.

Phil Rajzman, Taylor Jensen e Edouard Delpero.
“Isso nem parece ser real para mim agora, mas estou muito feliz”, disse Taylor Jensen. “Essa semana foi uma verdadeira montanha-russa de emoções com a minha derrota nas quartas de final (para Phil Rajzman). Fiquei na expectativa vendo alguns concorrentes caírem e foi uma semana tensa para mim, fiquei muito nervoso e nem conseguia dormir direito. Então, quando vi que teria que surfar de novo, eu apenas tratei isso como se fosse uma final normal e foi muito legal ter uma bateria extra para decidir o título”.

Isso só havia acontecido uma vez na história da World Surf League, para decidir o título mundial Pro Junior de 2011. Naquele ano, o brasileiro Caio Ibelli liderava o ranking das três etapas, mas o australiano Garrett Parkers igualou sua pontuação na última delas, na Austrália. Então, os dois tiveram que definir o campeão num tira-teima e Caio Ibelli ficou com o título. Agora, o fato se repetiu para definir o campeão mundial de Longboard de 2017.

O californiano Taylor Jensen venceu a primeira etapa em Papua, Nova Guiné.
O californiano Taylor Jensen tinha vencido a primeira etapa em Papua Nova Guiné e foi barrado pelo brasileiro Phil Rajzman nas quartas de final. Com exceção do carioca, os três outros semifinalistas tinham chance de igualar seus resultados com a vitória no Taiwan World Longboard Championship, pois haviam ficado em quinto lugar em Papua Nova Guiné. O único que poderia garantir o tricampeonato de Taylor Jensen sem precisar de uma bateria extra era o próprio Phil Rajzman se vencesse a etapa da Ilha Taiwan, mas ele não conseguiu.

Final em Taiwan – O brasileiro também já tem dois títulos mundiais no currículo, de 2007 e do ano passado, enquanto Edouard Delpero tentava ser o primeiro francês a ser campeão. Ele conseguiu uma melhor sintonia com as ondas de Jinzun Harbour desde o início da bateria, largando na frente com notas 7,00 e 6,33 em suas primeiras ondas. Para Phil Rajzman, não dava nada certo e o francês ia aumentando a vantagem a cada apresentação para festejar a vitória por 15,83 a 11,03 pontos, computando notas 7,83 e 8,00 das suas melhores ondas.

Edouard Delpero já havia vencido em Taiwan, pelo Longboard QS.
“O evento todo foi ótimo para mim”, disse Edouard Delpero, que já havia vencido uma etapa na Ilha Taiwan válida pelo Longboard Qualifying Series. “Eu trabalhei muito duro esta semana para chegar na final e me sentia preparado para ganhar, mas nunca imaginaria ter que disputar uma bateria extra para decidir o título mundial. Eu adoro Taiwan e tenho recordações maravilhosas dessa região de Taitung, então ganhar aqui é incrível e já estou ansioso para voltar para cá no ano que vem”.

O brasileiro Phil Rajzman terminou em quarto lugar no ranking mundial de 2017 da World Surf League e elogiou o francês Edouard Delpero. “Ele estava surfando incrivelmente bem durante todo o evento e realmente mereceu a vitória. Eu lutei bastante para encontrar boas ondas na final, só que o mar estava muito difícil, mas eu adoraria vencer o evento. Teria sido muito especial para mim ganhar a bateria e dar o título para o Taylor (Jensen), que é um grande amigo meu. Mas, ter uma bateria extra para definir o campeão, foi realmente emocionante para o esporte”.

Phil Rajzman não conseguiu vencer, Taylor Jensen.
Semifinais – Como Phil Rajzman não conseguiu vencer, Taylor Jensen teve que voltar ao mar para tentar o seu terceiro título contra Edouard Delpero, que já tinha derrotado dois bicampeões mundiais no domingo em Jinzun Harbour. A primeira vítima foi o australiano Harley Ingleby, número 1 do ranking em 2009 e 2014. Essa semifinal foi bem mais disputada do que a primeira, quando Phil Rajzman despachou o americano Cole Robbins por apenas 11,06 a 10,50 pontos.

A batalha pela segunda vaga na grande final foi nivelada por cima, com o francês conseguindo três notas no critério excelente dos juízes, contra duas na casa dos sete pontos do australiano. Edouard Delpero computou o 8,67 e 8,20 recebidos em duas ondas seguidas para superar Harley Ingleby por 16,87 a 14,93 pontos. O australiano terminou empatado em terceiro lugar no Taiwan World Longboard Championship com o americano Cole Robbins.

Edouard Delpero, Taylor Jensen e Phil Rajzman. 
Decisão do título – Depois de também derrotar o campeão mundial de 2007 e 2016, Phil Rajzman, Edouard Delpero provocou a realização de uma bateria extra com Taylor Jensen, que estava bem mais descansado do que ele, só esperando o resultado da final. Os dois tiveram um início de bateria parecido, com o francês largando na frente com notas 5,67 e 6,23 em suas duas primeiras ondas, contra 2,67 e 6,50 do californiano. Mas, Taylor Jensen pegou a melhor onda que apareceu na decisão do título e não desperdiçou a chance para arrancar uma nota 8,0, que acabou lhe garantindo o tricampeonato mundial por 14,50 a 13,16 pontos.

“Estou muito feliz. Eu fui o primeiro a vencer um evento válido pelo título mundial na Itália, o primeiro a vencer na China e é muito legal ser o primeiro a vencer aqui em Taiwan também”, destacou Taylor Jensen, sobre os locais onde se sagrou campeão mundial. “Ganhar em Papua Nova Guiné certamente me deu um novo ânimo e essa vitória aqui definitivamente aliviou a frustração de ter chegado tão perto do título nos últimos anos e não ter conseguido. Cheguei nesse evento muito motivado e foi realmente muito especial ser campeão em um lugar tão bonito, com altas ondas que rolaram durante toda a semana aqui”.   

DECISÃO DO TÍTULO MUNDIAL DE 2017 DA WORLD SURF LEAGUE:
Tricampeão mundial: Taylor Jensen (EUA) por 14,50 pontos (notas 8,00+6,50)
Vice-campeão de 2017: Edouard Delpero (FRA) com 13,16 pontos (6,93+6,23)

RESULTADOS DO ÚLTIMO DIA DO TAIWAN WORLD LONGBOARD CHAMPIONSHIP:
Campeão: Edouard Delpero (FRA) por 15,83 pontos (8,00+7,83) – US$ 15.000 e 10.000 pontos
Vice-campeão: Phil Rajzman (BRA) com 11,03 pontos (6,20+4,83) – US$ 7.500 e 8.000 pontos

SEMIFINAIS – 3º lugar com 6.500 pontos e US$ 3.750 de prêmio:
1ª) Phil Rajzman (BRA) 11.06 x 10.50 Cole Robbins (EUA)
2ª) Edouard Delpero (FRA) 16.87 x 14.93 Harley Ingleby (AUS)

TOP-10 DO RANKING DE LONGBOARD DA WORLD SURF LEAGUE – FINAL 2017 – 2 etapas:
1º) Taylor Jensen (EUA) – 15.200 pontos
1º) Edouard Delpero (FRA) – 15.200 pontos
3º) Kai Sallas (HAV) – 13.200
4º) Phil Rajzman (BRA) – 12.000
5º) Harley Ingleby (AUS) – 11.700
5º) Antoine Delpero (FRA) – 11.700
5º) Adam Griffiths (ING) – 11.700
5º) Cole Robbins (EUA) – 11.700
9º) Rodrigo Sphaier (BRA) – 8.000
9º) Tony Silvagni (EUA) – 8.000
9º) Steven Sawyer – 8.000
12) Piccolo Clemente (PER) – 6.950
14) Jeferson Silva (BRA) – 3.500
22) Eduardo Bage (BRA) – 2.250
22) Jefson Silva (BRA) – 2.250
22) Lucas Garrido Lecca (PER) – 2.250

RANKING MUNDIAL DE LONGBOARD DA WORLD SURF LEAGUE – FINAL 2017:
Campeã: Honolua Blomfield (HAV) – 16.500 pontos
Vice-campeã: Chloé Calmon (BRA) – 13.300
3ª) Lindsay Steinriede (EUA) – 13.200
3ª) Crystal Walsh (HAV) – 13.200
5ª) Rachael Tilly (EUA) – 11.700
5ª) Kaitlin Maguire (EUA) – 11.700
7ª) Chelsea Williams (AUS) – 10.400
8ª) Tory Gilkerson (EUA) – 9.800
9ª) Alice Lemoigne (REU) – 8.500
10ª) Atalanta Batista (BRA) – 6.950
14ª) Maria Fernanda Reyes (PER) – 3.500

CAMPEÕES MUNDIAIS DE LONGBOARD DA WORLD SURF LEAGUE:
2017 - Taylor Jensen (EUA - tricampeão e Honolua Blomfield (HAV -
2016 - Phil Rajzman (BRA - bicampeão e Tory Gilkerson (EUA -
2015 - Piccolo Clemente (PER - bicampeão e Rachael Tilly (EUA -
2014 - Harley Ingleby (AUS - bicampeão e Chelsea Williams (AUS -
2013 - Piccolo Clemente (PER - e Kelia Moniz (HAV - bicampeã
2012 - Taylor Jensen (EUA - bicampeão e Kelia Moniz (HAV -
2011 - Taylor Jensen (EUA - e Lindsay Steinriede (EUA -
2010 - Duane Desoto (HAV - e Cori Schumacher (EUA -
2009 - Harley Ingleby (AUS - e Jennifer Smith (EUA - bicampeã
2008 - Bonga Perkins (HAV - bicampeão e Joy Monahan (HAV -
2007 - Phil Rajzman (BRA - e Jennifer Smith (EUA -
2006 - Josh Constable (AUS - e Schuyler McFerran (EUA -
2005 - nenhuma etapa
2004 - Joel Tudor (EUA - bicampeão
2003 - Beau Young (AUS - bicampeão
2002 - Colin McPhillips (EUA - tricampeão
2001 - Colin McPhillips (EUA - bicampeão
2000 - Beau Young (AUS -
1999 - Colin McPhillips (EUA -
1998 - Joel Tudor (EUA -
1997 - Dino Miranda (HAV -
1996 - Bonga Perkins (HAV -
1995 - Rusty Keaulana (HAV - tricampeão
1994 - Rusty Keaulana (HAV - bicampeão
1993 - Rusty Keaulana (HAV -
1992 - Joey Hawkins (EUA -
1991 - Martin McMillan (AUS -
1990 - Nat Young (AUS - tetracampeão
1989 - Nat Young (AUS - tricampeão
1988 - Nat Young (AUS - bicampeão
1987 - Stuart Entwistle (AUS -
1986 - Nat Young (AUS)


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